quarta-feira, 15 de junho de 2016

Fúria Vermelha - Resenha

Título: Fúria Vermelha
Autor:  Pierce Brown
Editora: Globo Livros
Ano de Publicação: 2014
Páginas: 464
Gênero: Ficção; Distopia
Classificação: ✶✶✶✶


Quando a décima terceira chicotada desce sobre o corpo dela, quando murmuro para que ela não faça isso, Eo me olha bem nos olhos uma última vez e então começa a cantar sua canção. É uma canção tranquila, uma canção triste, como a canção que as minas profundas sussurram quando o vento bate nos eixos abandonados. É a canção de morte e lamento, a canção que é proibida. A canção que eu só ouvi uma vez antes.


Uma nova trilogia, um novo autor. Esses são dois dos principais ingredientes que despertam a atenção dos leitores para uma nova obra que surge nas prateleiras. É claro que só isso não basta. São necessárias, uma bela história, personagens cativantes, uma mensagem que seja entendida por todos e mais alguns outros itens e provavelmente teremos um grande sucesso de vendas. E "Fúria Vermelha" não foge desse estereótipo.

Nessa nova saga futurística, a raça humana conseguiu expandir seu território além do planeta Terra. Graças à isso, temos homens vivendo na Lua (que foi renomeada para Luna após ser povoada) e no planeta vermelho, Marte.  

É claro que com um novo mundo, grandes mudanças ocorreram. Apesar do livro se passar muitos anos após a era atual, em determinadas páginas parece que voltamos ao passado. Escravos, poder autoritário e falta de liberdade transbordam no novo lar dos homens. E é aí que conhecemos Darrow, um jovem de 16 anos que pertence a mais baixa classe do Novo Mundo: Os Vermelhos. 

A regra para viver nesta nova comunidade é simples: Os Vermelhos arriscam suas vidas em minas profundas para extrair o gás hélio-3 da superfície de Marte. Os mesmos são comandados pelos "Ouros" ou "Dourados", a classe mais alta existente no planeta. Como recompensa para o trabalho diário, a ralé recebe comida suficiente, abrigos e uma falsa sensação de liberdade e democracia. Somente quando uma tragédia cai sobre a vida de Darrow, o rapaz percebe que tudo é uma farsa dos "Ouros" e sai de sua zona de conformismo.

Uma das coisas que mais gostei nessa nova saga é a evolução de nosso protagonista. Apesar de mostrar-se ambicioso desde a primeira linha, nas primeiras páginas ele era um rapaz com uma determinada inocência que não conseguia enxergar coisas que estavam claras para os leitores. A medida que a história vai sendo contada e nosso herói vai em busca de justiça para seu povo, percebemos o quanto temos um personagem rico em inteligência, astúcia e claro com aquela sede de vingança que dá graça ao livro.

É inevitável comparar o livro a trilogias de sucesso como "Jogos Vorazes", mas isso não é uma coisa ruim. Apesar de lembrar a distopia de Katniss, em determinado ponto o livro ganha a sua própria personalidade. A crueldade está estampada em cada página do livro. Nenhum personagem é o que parece. Aquele que você considera confiável, talvez venha a ser o maior traidor do livro. E aquele ser insuportável, chato e abominante pode se tornar o maior aliado de Darrow em sua busca pela justiça.


O livro só não ganhou cinco estrelas na minha opinião porque achei o começo um pouco confuso. Não pela história e sim pelas novas palavras que o autor nos apresenta. Não há explicação para o significado de cada uma delas. Você vai entendendo o que cada uma significa a medida que o livro vai passando. A partir da página 150, eu conseguia entender tudo com clareza e passei a admirar a criatividade do autor, mas como disse, no início tive um árduo trabalho. Rsrsrs.

Vale lembrar que essa é a primeira trilogia do autor e não podemos deixar de citar que o mesmo é uma gracinha. Depois procurem a foto dele na Internet e tirem suas próprias conclusões.

O segundo livro da saga "Filho Dourado" já foi lançado no Brasil e estou doido para ler. O autor encerra o primeiro livro de uma maneira que fica impossível não querer continuar lendo e saber o que vai acontecer com Darrow.

Além disso, correm rumores de que os direitos do livro foram vendidos ao cinema e que em breve teremos uma adaptação da obra para as telonas. Com certeza, será uma coisa linda de se assistir, claro que se for bem feita. Eu já quero assistir na estréia.

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