quarta-feira, 20 de abril de 2016

Vivian contra a América - Resenha

ATENÇÃO!!!

ALERTA DE SPOILER PARA QUEM NÃO LEU "VIVIAN CONTRA O APOCALIPSE".

                                                 

Título: Vivian Contra a América
Autora: Katie Colie
Editora: Agir Now
Ano de Publicação: 2016
Páginas: 29
Gênero: New Adult/ Distopia
Classificação: ✶✶✶



   “O arrebatamento previsto pelo Pastor Frick e pela Igreja Americana passou, deixando três mil Crentes desaparecidos ou mortos. As revolucionárias Vivian e Harp são as únicas que realmente sabem o que há por trás dos desaparecimentos e estão determinadas a expor os diabólicos poderes de manipulação da Igreja. Por outro lado, elas também precisam encontrar o crush de Vivian, Peter Ivey, que desapareceu sem deixar pistas de seu paradeiro”.


Para quem tem acompanhado o blog já sabem que eu amei o primeiro livro desta distopia, “Vivian Contra o Apocalipse”, achei essa obra incrível e fiquei aguardando ansiosamente a continuação, estava completamente doida para saber o desfecho dessa história. Infelizmente, achei que “Vivian Contra a América” deixou muito a desejar e não fez jus ao primeiro livro. Talvez eu tenha pecado pelas minhas expectativas que estavam altíssimas, até me prepararei emocionalmente para grandes emoções, no entanto, a continuação não me comoveu da forma como eu esperava, confesso que fiquei um pouco frustrada com esse desfecho. Mas vamos a história...

 No final do primeiro livro a Vivian descobriu que tinha uma irmã e que sua mãe estava viva. Magoada com a mãe e sabendo que ali não era o seu lugar ela mais uma vez foi ao encontro de sua fiel escudeira Harp, para juntas arranjarem uma forma de deter a Igreja Americana. Pouco depois disso, as duas descobrem que a Igreja inseriu anúncios e fotos suas em vários veículos de comunicação, agora elas são vistas pela sociedade como rebeldes e consideradas uma grave ameaça à Igreja e aos Crentes. O resultado disso é que agora elas estão na mira de muitas pessoas e correm risco de vida, precisam redobrar a atenção e tomar o máximo de cuidado para não serem pegas.

Nessa continuação são introduzidos alguns novos personagens, como Diego que é o namorado de Winnie, a irmã recém descoberta de Vivian, Amanda que é uma empresária muito influente e que patrocina um grupo de revoltados que pretendem acabar com a Igreja Americana, além de vários outros personagens que ganharam vida no segundo livro. Para buscar refúgio as meninas acabam se aliciando a milícia de Amanda, que tem como principal objetivo promover um ataque a base da Igreja. Porém, alguns acontecimentos e o encontro com pessoas importantes faz com que as elas fiquem em dúvida se de fato é isso que querem fazer, pois tal ato poderia iguala-las aqueles que elas tanto desprezam.

Uma das personagens que mais teve destaque nessa continuação foi a Harp, o papel dela foi fundamental nessa trama e contribui bastante para nos envolver ainda mais com a história, eu diria até que ela foi mais importante do que a própria Vivian. No primeiro livro eu achei o processo de amadurecimento da protagonista incrível, e isso foi uma das coisas que mais me encantou nessa trama. “Vivian contra o Apocalipse” diferente de outras distopias, não nos conquista por ser cheio de cenas de ação e estratégias mirabolantes. A Vivian não é uma guerreira perfeita e articulada como as outras, ela é muito mais real e próxima do leitor e isso me conquistou bastante, pois percebemos que apesar de sua coragem e determinação, também possui várias fraquezas, e que no fundo ela é apenas humana. Outra coisa que me conquistou foi a amizade dela com a Harp, é algo lindo de ver, mesmo tendo personalidades totalmente distintas, elas se completam e estão sempre presentes nos momentos mais difíceis na vida uma da outra.

Da mesma forma que o primeiro livro, esse também teve suas reviravoltas e algumas surpresas que nos pegaram desprevenidos. Agora que falei mais da história, acredito que devam estar se perguntando o que me fez dar uma classificação tão baixa para a história. Então irei enumerar a minha lista com 5 motivos, para expressar melhor a minha justificativa:

1.     Acho que a Katie Coyle acabou se deixando influenciar por outros livros do gênero e perdeu a originalidade de sua escrita. Muitas cenas descritas nesta continuação nos remetem a distopias como Jogos Vorazes e Divergente, e as semelhanças não são poucas;

2.     A Vivian deixou muito a desejar, eu esperava muito mais dela, senti que nossa protagonista estava muito apática nessa continuação. O que salva é a Harp que está surpreendente;

3.     Senti que algumas cenas foram inclusas no intuito de provocar emoções nos leitores, no entanto, essas cenas acabaram sendo forçadas e não me causaram nenhuma emoção;

4.     Ao meu ver a autora quis cumprir tabela de todos os itens presentes nas principais distopias, deixando a história muito artificial;

5.     Assim como os principais livros do gênero esse também foi marcado por várias mortes. Só que ao contrário de outras distopias, achei que aqui essas mortes foram totalmente fora de contexto e mal elaboradas.

Em contrapartida, gostei muito do modo como a autora continuou abordando o fanatismo religioso e de como isso pode repercutir de maneira negativa na vida das pessoas. A forma como ela descreveu os ideais dos lideres religiosos, o abuso de poder da Igreja Americana e a manipulação dos veículos de comunicação me agradaram muito e de certa forma contribuíram para que eu ainda permanecesse envolvida com a história, apesar de todos os pesares rs.

De qualquer forma quero deixar bem claro que essa é a minha opinião, o livro não agradou o meu gosto, mas mesmo assim eu indico que leiam e aproveitem para tirar as suas próprias conclusões, especialmente aqueles que já leram o primeiro. Aproveitem para deixar a opinião de vocês, estou ansiosa para saber o que acharam desta duologia. Um grande abraço pra todos vocês e até a próxima =)










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