ALERTA DE SPOILER PARA QUEM NÃO LEU "VIVIAN CONTRA O APOCALIPSE".
Título: Vivian Contra a América
Autora: Katie
Colie
Editora: Agir Now
Ano de Publicação:
2016
Páginas: 29
Gênero: New
Adult/ Distopia
“O arrebatamento previsto pelo Pastor Frick e pela Igreja Americana passou, deixando três mil Crentes desaparecidos ou mortos. As revolucionárias Vivian e Harp são as únicas que realmente sabem o que há por trás dos desaparecimentos e estão determinadas a expor os diabólicos poderes de manipulação da Igreja. Por outro lado, elas também precisam encontrar o crush de Vivian, Peter Ivey, que desapareceu sem deixar pistas de seu paradeiro”.
Para
quem tem acompanhado o blog já sabem que eu amei o primeiro livro desta
distopia, “Vivian Contra o Apocalipse”, achei essa obra incrível e fiquei
aguardando ansiosamente a continuação, estava completamente doida para saber o
desfecho dessa história. Infelizmente, achei que “Vivian Contra a América”
deixou muito a desejar e não fez jus ao primeiro livro. Talvez eu tenha pecado
pelas minhas expectativas que estavam altíssimas, até me prepararei
emocionalmente para grandes emoções, no entanto, a continuação não me comoveu
da forma como eu esperava, confesso que fiquei um pouco frustrada com esse
desfecho. Mas vamos a história...
No final do primeiro livro a Vivian descobriu
que tinha uma irmã e que sua mãe estava viva. Magoada com a mãe e sabendo que
ali não era o seu lugar ela mais uma vez foi ao encontro de sua fiel escudeira
Harp, para juntas arranjarem uma forma de deter a Igreja Americana. Pouco depois
disso, as duas descobrem que a Igreja inseriu anúncios e fotos suas em vários
veículos de comunicação, agora elas são vistas pela sociedade como rebeldes e
consideradas uma grave ameaça à Igreja e aos Crentes. O resultado disso é que
agora elas estão na mira de muitas pessoas e correm risco de vida, precisam
redobrar a atenção e tomar o máximo de cuidado para não serem pegas.
Nessa
continuação são introduzidos alguns novos personagens, como Diego que é o
namorado de Winnie, a irmã recém descoberta de Vivian, Amanda que é uma empresária muito influente e que patrocina um grupo de revoltados que pretendem
acabar com a Igreja Americana, além de vários outros personagens que ganharam
vida no segundo livro. Para buscar refúgio as meninas acabam se aliciando a
milícia de Amanda, que tem como principal objetivo promover um ataque a base da
Igreja. Porém, alguns acontecimentos e o encontro com pessoas importantes faz
com que as elas fiquem em dúvida se de fato é isso que querem fazer, pois tal
ato poderia iguala-las aqueles que elas tanto desprezam.
Uma
das personagens que mais teve destaque nessa continuação foi a Harp, o papel
dela foi fundamental nessa trama e contribui bastante para nos envolver ainda
mais com a história, eu diria até que ela foi mais importante do que a própria
Vivian. No primeiro livro eu achei o processo de amadurecimento da protagonista
incrível, e isso foi uma das coisas que mais me encantou nessa trama. “Vivian contra o Apocalipse” diferente de outras distopias, não nos conquista por ser
cheio de cenas de ação e estratégias mirabolantes. A Vivian não é uma guerreira
perfeita e articulada como as outras, ela é muito mais real e próxima do leitor
e isso me conquistou bastante, pois percebemos que apesar de sua coragem e
determinação, também possui várias fraquezas, e que no fundo ela é apenas
humana. Outra coisa que me conquistou foi a amizade dela com a Harp, é algo lindo
de ver, mesmo tendo personalidades totalmente distintas, elas se completam
e estão sempre presentes nos momentos mais difíceis na vida uma da outra.
Da
mesma forma que o primeiro livro, esse também teve suas reviravoltas e algumas
surpresas que nos pegaram desprevenidos. Agora que falei mais da história,
acredito que devam estar se perguntando o que me fez dar uma classificação tão
baixa para a história. Então irei enumerar a minha lista com 5 motivos, para
expressar melhor a minha justificativa:
1. Acho que a Katie Coyle
acabou se deixando influenciar por outros livros do gênero e perdeu a
originalidade de sua escrita. Muitas cenas descritas nesta continuação nos
remetem a distopias como Jogos Vorazes e Divergente, e as semelhanças não são
poucas;
2. A Vivian deixou muito a
desejar, eu esperava muito mais dela, senti que nossa protagonista estava muito
apática nessa continuação. O que salva é a Harp que está surpreendente;
3. Senti que algumas cenas
foram inclusas no intuito de provocar emoções nos leitores, no entanto, essas
cenas acabaram sendo forçadas e não me causaram nenhuma emoção;
4. Ao meu ver a autora quis
cumprir tabela de todos os itens presentes nas principais distopias, deixando a
história muito artificial;
5. Assim como os principais
livros do gênero esse também foi marcado por várias mortes. Só que ao contrário
de outras distopias, achei que aqui essas mortes foram totalmente fora de
contexto e mal elaboradas.
Em contrapartida, gostei muito do modo como a autora continuou abordando o fanatismo religioso e de como isso pode repercutir de maneira negativa na vida das pessoas. A forma como ela descreveu os ideais dos lideres religiosos, o abuso de poder da Igreja Americana e a manipulação dos veículos de comunicação me agradaram muito e de certa forma contribuíram para que eu ainda permanecesse envolvida com a história, apesar de todos os pesares rs.
De
qualquer forma quero deixar bem claro que essa é a minha opinião, o livro não
agradou o meu gosto, mas mesmo assim eu indico que leiam e aproveitem para
tirar as suas próprias conclusões, especialmente aqueles que já leram o
primeiro. Aproveitem para deixar a opinião de vocês, estou ansiosa para saber o
que acharam desta duologia. Um grande abraço pra todos vocês e até a próxima =)
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