segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Resenha de Vivian Contra o Apocalipse

Título: Vivian Contra o Apocalipse
Autora: Katye Coyle
Editora: Agir Now
Origem: Estados Unidos
Ano de Publicação: 2015
Páginas: 283
Gênero: New Adult/ Distopia
Classificação: ✶✶✶✶✶


“Dez, nove, oito. Sei que eu também deveria estar comemorando, mas não gosto do dia da contagem regressiva. Sete, seis, cinco. Penso nos meus pais. Me pergunto se eles também estão fazendo a contagem. Imagino os dois de mãos dadas no meio da rua, esperando. Quatro, três, dois. Neste momento, que acreditam ser o último deles na Terra, será que sequer estão pensando em mim? ”

Quando olhei para a capa desse livro confesso que não me senti muito atraída, mas como diz o ditado: “Quem vê cara não vê coração”, ou, como eu gosto de dizer: “Quem vê cara não vê bunda”, e neste caso o que realmente me fez necessitar urgentemente deste livro foi a sinopse (vejam só: a sinopse está atrás, ou seja, o segundo ditado também está correto rs). O livro entregou até mais do que prometia, atendeu a todas as minhas expectativas e entrou para a minha lista dos melhores de 2015.

Vivian Apple tem 17 anos e mora com seus pais na Flórida. Tranquila, obediente e rodeada de boas amizades, ela nunca se envolveu em nenhuma confusão e sempre teve um ótimo relacionamento com os pais. As coisas começam a mudar quando o Pastor Beaton Frick afirma que recebeu um chamado de Deus e está encarregado de espalhar suas mensagens e guiar os fiéis até os reinos do céu. Segundo Frick, Deus receberá aqueles que acreditam em suas crenças e nos preceitos estabelecidos pela Igreja Americana e os demais irão sofrer em agonia até que o mundo termine.

O boato que corre na cidade de Vivian e nas redondezas é de que o dia do Arrebatamento está cada vez mais próximo. Esse dia será marcado por mudanças climáticas, explosões, confrontos, epidemias e grandes tempestades. A princípio os sermões de Frick não surtem o efeito esperado, mas após a concretização de algumas de suas previsões, a igreja consegue angariar mais fiéis, os chamados Crentes. Após um tempo, os pais de Vivian resolvem se converter e se tornam Crentes também. Tal decisão acaba enfraquecendo o relacionamento dos mesmos, pois pela primeira vez eles não compartilham da mesma opinião. Ela não acredita nos sermões e não vê sentido nas regras que são impostas pela Igreja. E as mudanças não se restringem apenas aos seus pais, mas também aos amigos, vizinhos e parentes, pois num curto período a igreja aumenta o seu poder de persuasão praticamente a nível nacional.

     “Minhas amigas viraram Crentes e se recolheram em abrigos antibombas com suas famílias. Enquanto eu me preparava para as provas e esperava esse climão passar, minhas antigas amigas se casavam e tinham filhos, povoando a Terra com mais soldados para o Exército de Cristo”

 Certo dia ao chegar em casa, Vivian encontra um buraco no teto e se depara com o sumiço de seus pais, logo mais ela descobre que eles não foram os únicos que sumiram, grande parte da comunidade Crente também e sem deixar rastros. Todos dizem que chegou o dia do Arrebatamento e começa um salve-se quem puder, as pessoas começam a ficar descontrolas e cada vez mais fanáticas pelas crenças religiosas, repudiando aqueles que não se comportam ou pensam da mesma forma.

Mas para Vivian o fim é apenas o começo e ela sente que o momento requer coragem e persistência para obter respostas e saber o que de fato aconteceu com seus pais. Ela parte em uma jornada junto com a sua fiel amiga e companheira de todas horas, Harp. A Harp é hilária, acho que todo mundo queria ter uma amiga como ela, ela lembra um pouco a Samantha Jones de Sex and the city, ou seja, ela é totalmente despojada e sem papas na língua. E como todas as distopias atuais também não podia faltar um casal para arrancar suspiros de leitores ávidos por romances assim como eu. Apesar deste não ser o foco do livro, temos um casal formado pela Vivian e o misterioso Peter que também resolve acompanha-la nesta jornada.

O livro é narrado em primeira pessoa e a narrativa é totalmente fluída e envolvente. Apesar de ser uma ficção, achei a história bastante realista e próxima dos dias de hoje, o livro é uma lição de como o poder desenfreado, o fanatismo religioso e intolerância podem causar sérias consequências para a sociedade. Tive um caso de amor com esse livro e confesso que ao mesmo tempo em que devorei as páginas já sentia uma nostalgia bem antes do fim. E por falar em fim, se preparem para o final desse livro, pois tenho quase certeza que vocês irão se surpreender, eu imaginei vários desfechos possíveis, mas nenhum deles chegou nem perto, e embora seja um final que me deixou em choque, eu achei perfeito e me fez amar ainda mais a história.

O livro possui continuação que está prevista para ser lançada ainda esse mês e o título será Vivian Contra a América. O livro em formato digital já está em pré-venda na Livraria Cultura, mas confesso que estou quase roendo as unhas e arrancando meus cabelos para ter o livro físico em mãos, sou uma leitora à moda antiga, o que posso fazer? Rs

Espero que vocês tenham gostado dessa resenha e que se apaixonem pela obra assim como eu.

Quem leu ou ficou interessado, aproveita para deixar a sua opinião aqui nos comentários. Até a próxima!

2 comentários:

  1. Olá!

    Sério que não gostou da capa? Eu amei! Também me apaixonei pela história e os personagens! E além de gostoso de ler, a obra é muito crítica e deixa lições bacanas! Também fui muito surpreendida pelo final. Ótima resenha, parabéns!

    Beijos!
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  2. Oi Ana, tudo bem?

    Eu até gostei da capa, mas ela não chamou a minha atenção de imediato, só depois que li a sinopse é que eu realmente me interessei pela história. Mas depois fiquei completamente apaixonada por esse livro e agora até a capa eu já vejo com outros olhos =)

    Muito obrigada.

    Bjs!

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