Autora: Katye
Coyle
Editora: Agir Now
Origem: Estados
Unidos
Ano de Publicação: 2015
Páginas: 283
Gênero: New Adult/
Distopia
Classificação: ✶✶✶✶✶
“Dez, nove,
oito. Sei que eu também deveria estar comemorando, mas não gosto do dia da
contagem regressiva. Sete, seis, cinco. Penso nos meus pais. Me pergunto se
eles também estão fazendo a contagem. Imagino os dois de mãos dadas no meio da
rua, esperando. Quatro, três, dois. Neste momento, que acreditam ser o último
deles na Terra, será que sequer estão pensando em mim? ”
Quando
olhei para a capa desse livro confesso que não me senti muito atraída, mas como
diz o ditado: “Quem vê cara não vê coração”, ou, como eu gosto de dizer: “Quem
vê cara não vê bunda”, e neste caso o que realmente me fez necessitar urgentemente
deste livro foi a sinopse (vejam só: a sinopse está atrás, ou seja, o segundo ditado
também está correto rs). O livro entregou até mais do que prometia, atendeu a
todas as minhas expectativas e entrou para a minha lista dos melhores de 2015.
Vivian
Apple tem 17 anos e mora com seus pais na Flórida. Tranquila, obediente e
rodeada de boas amizades, ela nunca se envolveu em nenhuma confusão e sempre teve um ótimo relacionamento com os pais. As coisas começam a mudar quando o Pastor Beaton
Frick afirma que recebeu um chamado de Deus e está encarregado de espalhar suas mensagens e guiar os
fiéis até os reinos do céu. Segundo Frick, Deus receberá aqueles que acreditam
em suas crenças e nos preceitos estabelecidos pela Igreja Americana e os demais irão
sofrer em agonia até que o mundo termine.
O
boato que corre na cidade de Vivian e nas redondezas é de que o
dia do Arrebatamento está cada vez mais próximo. Esse dia será marcado por mudanças
climáticas, explosões, confrontos, epidemias e grandes tempestades. A princípio
os sermões de Frick não surtem o efeito esperado, mas após a concretização de
algumas de suas previsões, a igreja consegue angariar mais fiéis, os chamados Crentes.
Após um tempo, os pais de Vivian resolvem se converter e se tornam Crentes
também. Tal decisão acaba enfraquecendo o relacionamento dos mesmos, pois pela primeira vez eles não compartilham da mesma opinião. Ela não
acredita nos sermões e não vê sentido nas regras que são impostas pela Igreja. E as mudanças não se restringem apenas aos seus pais, mas também aos amigos,
vizinhos e parentes, pois num curto período a igreja aumenta o seu poder de persuasão
praticamente a nível nacional.
“Minhas amigas viraram Crentes e se
recolheram em abrigos antibombas com suas famílias. Enquanto eu me preparava
para as provas e esperava esse climão passar, minhas antigas amigas se casavam e
tinham filhos, povoando a Terra com mais soldados para o Exército de Cristo”
Certo dia ao chegar em casa, Vivian encontra um
buraco no teto e se depara com o sumiço de seus pais, logo mais ela descobre que eles
não foram os únicos que sumiram, grande parte da comunidade Crente também e sem deixar rastros. Todos dizem que chegou o dia do Arrebatamento e começa um
salve-se quem puder, as pessoas começam a ficar descontrolas e cada vez mais
fanáticas pelas crenças religiosas, repudiando aqueles que não se comportam
ou pensam da mesma forma.
Mas
para Vivian o fim é apenas o começo e ela sente que o momento requer coragem e
persistência para obter respostas e saber o que de fato aconteceu com seus
pais. Ela parte em uma jornada junto com a sua fiel amiga e companheira de
todas horas, Harp. A Harp é hilária, acho que todo mundo queria ter uma amiga
como ela, ela lembra um pouco a Samantha Jones de Sex and the city, ou seja,
ela é totalmente despojada e sem papas na língua. E como todas as distopias atuais também não podia faltar um casal para arrancar suspiros de leitores ávidos
por romances assim como eu. Apesar deste não ser o foco do livro, temos um
casal formado pela Vivian e o misterioso Peter que também resolve acompanha-la nesta
jornada.
O
livro é narrado em primeira pessoa e a narrativa é totalmente fluída e envolvente.
Apesar de ser uma ficção, achei a história bastante realista e próxima dos dias
de hoje, o livro é uma lição de como o poder desenfreado, o fanatismo religioso
e intolerância podem causar sérias consequências para a sociedade. Tive um caso
de amor com esse livro e confesso que ao mesmo tempo em que devorei as páginas já
sentia uma nostalgia bem antes do fim. E por falar em fim, se preparem para o
final desse livro, pois tenho quase certeza que vocês irão se surpreender, eu
imaginei vários desfechos possíveis, mas nenhum deles chegou nem perto, e
embora seja um final que me deixou em choque, eu achei perfeito e me fez amar ainda mais a história.
O
livro possui continuação que está prevista para ser lançada ainda esse mês e o título será Vivian Contra a América. O livro em formato digital já está em
pré-venda na Livraria Cultura, mas confesso que estou quase roendo as unhas e
arrancando meus cabelos para ter o livro físico em mãos, sou uma leitora à moda
antiga, o que posso fazer? Rs
Espero
que vocês tenham gostado dessa resenha e que se apaixonem pela obra assim como eu.
Quem
leu ou ficou interessado, aproveita para deixar a sua opinião aqui nos
comentários. Até a próxima!
Olá!
ResponderExcluirSério que não gostou da capa? Eu amei! Também me apaixonei pela história e os personagens! E além de gostoso de ler, a obra é muito crítica e deixa lições bacanas! Também fui muito surpreendida pelo final. Ótima resenha, parabéns!
Beijos!
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Oi Ana, tudo bem?
ResponderExcluirEu até gostei da capa, mas ela não chamou a minha atenção de imediato, só depois que li a sinopse é que eu realmente me interessei pela história. Mas depois fiquei completamente apaixonada por esse livro e agora até a capa eu já vejo com outros olhos =)
Muito obrigada.
Bjs!